Dizem as “más línguas” que a 1º mulher a usá-lo foi Eva, que o comprou de uma cobra, e a paz dos homens (Adão e descendência masculina) foi pra “cucuia”.
A prova de que o batom teve origem no antigo Egito, é um busto de Nefertiti (E a bela chegou -1380 a 1345 A.C.), encontrado na cidade de Amarna em 1912, com os lábios pintados de carmim.
Realçando os lábios femininos, seu brilho dá uma aparência de umidade, frescor e sensualidade. A conotação sexual é inegável, chegando às prostitutas egípcias, as escolhidas pelas colegas como hábeis na felação, a pintarem os lábios de vermelho, para que fossem identificadas facilmente pelos clientes.
Se o cliente estivesse a fim de sexo oral, não ia procurar uma novinha. Escolheria a “coroa” com os lábios tingidos, que lhe atestava a habilidade.
Por sua ligação com a prostituição, o batom sofreu perseguição ao longo do tempo. Na Grécia, no século II, só as mulheres casadas o podiam usar. Na Inglaterra, o Parlamento o proibiu em 1770. Principalmente no mundo ocidental o batom sofreu discriminação.
Moças de família não usavam batom, chegando nos E.U.A. na década de 20 a uma moça chamada Pearl Pugsley de 17 anos, ser proibida de entrar na escola pois estava usando batom.
Inicialmente aplicado com pincéis, teve sua forma sólida definida em 1921 e na década de 30 ganhou a forma de bastão. A revista Vogue (1892) foi à grande responsável pela sua divulgação na década de 30.
As atrizes de Hollywood apareciam maquiadas e com lábios coloridos e aos poucos sua “ligação” com a prostituição, desapareceu.
Seu preço inicialmente proibitivo as mulheres pobres, servia para identificar as mulheres mais abastadas. O poder do batom é tão grande que durante a 2º Guerra (1939 – 1945), as mulheres foram incentivadas a usarem batom “vermelhão”, nas fábricas (com a diminuição da mão de obra masculina, mulheres ocuparam seus postos nas fábricas, para a confecção de armamentos), para elevar o moral das companheiras, namoradas, noivas e esposas dos soldados que foram para a batalha.
Cinquenta por cento da indústria da beleza tem no batom seu lucro. Os cosméticos em geral, principalmente produtos para os cabelos, fazem os outros 50%.
Os batons servem para desviar a atenção de dentes não muito brancos, e graças a ele, você “de longe” identifica um “sapatão”. Ele nunca usa batom!
E ele é terrível. Por mais que o “pulador de cerca” tenha cuidado, ele aparece nos locais menos esperados. Colarinho então tem um verdadeiro “chamariz” de batom. Caso isso aconteça contigo, não tente lavar com água e sabão. No máximo você vai transformar uma pequena marca vermelha em enorme mancha rosa. Use gelo. Esfregue uma pedra de gelo em cima, e aos poucos o batom vai passando para o gelo, até sumir. Depois é só botar pra secar. Agora, se inexplicavelmente essa marca aparecer na sua cueca. Você... “tá f*d*d*!”
Atualmente acessível a todas, batons de várias cores foram lançados. Um negro lembra os integrantes do grupo de rock Kiss e outro “amarelão” faz parecer que a mulher está com Hepatite. São horríveis! Mas, se a mulher for feia mesmo, não tem batom que dê jeito. No máximo será uma “baranga” com lábios de carmim.
Salvador, 23 de Setembro de 2011
Sávio Drummond
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