quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

BANALIZAÇÃO DO MAL


Quando as coisas ocorrem com frequencia em nossas vistas, quando elas passam a fazer parte do nosso “dia a dia”, acabamos nos acostumando com elas. Como dizia Gil, parece um aleijão. Ninguém gosta, mas a ele já estamos habituados, como à feiúra.
Já nos acostumamos com a roubalheira dos políticos. Maus políticos mancharam o nome dos bons, através das obras superfaturadas, dólares na cueca, Mensalões e o já institucionalizado PF (Por Fora), cobrado também pelos Funcionários Públicos corruptos.
Até para enterrar um parente é bom dar o PF, também conhecido como “a cervejinha” aos coveiros, senão o caixão pode cair. 
Acidentes acontecem...Maus policiais também não recusam “uma cervejinha”.
Médicos cansados, tendo que trabalhar em vários lugares, graças aos péssimos salários, erram com frequencia e “passam” a imagem que todo Médico do Sistema Único de Saúde, é ruim e trata mal ao doente.
Durante a guerra do Vietnã (1959-1975), era revoltante ver as crianças ao irem para a escola, em Saigon (Vietnã do Sul), e principalmente Hanói (Vietnã do Norte), pularem sobre corpos, ou poças de sangue, sem nenhum constrangimento. Estavam acostumadas! Também no Camboja, a cena se repetiu entre 1975 a 1976, onde o Khmer (lobo) Vermelho patrocinou a morte de mais de 400.000 soldados e civis.
Muitas pessoas morreram por defenderem interesses de milhares e contrariarem os benefícios de poucos, ante uma opinião pública “anestesiada”, ante tanta falcatrua e impunidade.
Acredito que se Jesus Cristo, aparecesse no Jornal Nacional, em cadeia nacional para, utilizando-se dos recursos de comunicações atuais, divulgar novamente (estamos precisando) sua Doutrina, provocaria a maior audiência de televisão de todos os tempos. Se insistisse e aparecesse diariamente, em breve diríamos:
- Hiiii...lá vem aquele barbudo novamente falar de amor, e eu com tantas contas pra pagar. Muda de canal!                                                                                                                 Lembro-me de Rui Barbosa; “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.Não Mestre Rui, desanimar-se sim, a rir-se e ter vergonha nunca! Como disse Martin Luther King; “Não me preocupo com o barulho dos maus, mas com o silencio dos bons”.
Hoje é impossível não ser bombardeado com uma saraivada de iniquidades ao assistir um noticiário. Todos os dias.
A banalização do erro incentiva os maus a errarem! 
Não cale, faça barulho ante o errado!Quem cala consente!

Chico Mendes (1944-1988), líder sindical, foi assassinado em Xapurí no Acre, por defender o chamado “Povo da Floresta”, os Indígenas, Seringueiros, Castanheiros, Pescadores, Quebradoras de coco babaçu , populações ribeirinhas e a floresta. Contrariava os interesses dos madeireiros, desmatadores e exploradores de trabalho escravo. 
Steve Bantu Biko (1946 - 1977),por lutar contra o “apartheid” na África do Sul, colônia Inglesa nessa época.                                                                                                                         Preso por essa atividade foi espancado por policiais branco, sofrendo Traumatismo Crânio Encefálico.
Martim Luther King (1929-1968), Pastor Protestante, morreu por defender a igualdade de direito para os negros e para as mulheres nos Estados Unidos. 
John Fitzgerald Kennedy (1917-1963), pela Máfia da indústria armamentista, que ganhava bilhões de dólares, ao municiar o Exército na Guerra do Vietnã, embora até hoje não tenha sido possível  essa prova, ao começar a retirar as tropas do sudoeste asiático.
Nelson Mandela passou 27 anos preso, por lutar contra o “apartheid” na África do Sul.
Dorothy Mae Stang (1931-2005), missionária americana naturalizada brasileira e morta aos 73 anos, no município de Anapu, no Pará. Morreu por defender a reforma agrária e reflorestamento das áreas desmatadas, provocado pela construção da Rodovia Transamazônica.
Mahatma Ghandhi (1869 - 1948), chamava-se Mohandas Karamchand Ghandhi. Mahatma é um titulo que significa Grande Alma.
Defendia a“Resistência Pacífica”, e através dela conseguiu a independência da Índia, em 1947, deixando de comprar produtos ingleses .
Foi morto por um hindu extremista, devido a concessões feitas aos muçulmanos, na criação do Estado Paquistanês.

Sávio Drummond
Janeiro de 2013.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

MUITO ALÉM...


Os dois jovens namorados, sentados “num” banco defronte da casa da moça, observavam as duas belas luas cheias, que “flutuavam” avermelhadas, em um céu “absurdamente” estrelado.
A Gigante Vermelha Aldebarã, pusera-se há pouco, depois de tingir de carmim as nuvens.
Em qualquer lugar do universo os namorados se parecem. Ela ou não sabia nada, ou fazia que não sabia nada sobre astronomia, e dando uma de aluna enchia o namorado de perguntas sobre as estrelas e o céu.
Ele, muito orgulhoso de poder exercer um papel de professor, tirava as suas dúvidas.
"Treita" das mulheres e artimanhas do amor, semelhantes em qualquer canto do universo.
As próximas Alnitak, Alnilan e Mintaka, conhecidas como as Três Marias, o aglomerado de jovens estrelas azuis, com mais de 300 estrelas, chamado as Plêiades, também conhecido como as sete irmãs, pois apenas sete são visíveis a “olho nu”, brilhavam vizinhas, e a nebulosa de Órion, restos de uma Super- Nova que explodira, chamava a atenção de todos, em um céu de verão sem nuvens e visibilidade extraordinária.
Devíamos estar próximos do centro da Galáxia, pois as estrelas eram muito mais numerosas e brilhantes.
O rapaz falando sobre as estrelas, contou as dúvidas de seu irmão:
Outro dia, meu irmão menor, ao ver as luas cheias:
- Mano as Luas são os olhos do céu?
Quando diante destas Luas em crescente:
- Mano o céu está com sono?
Expliquei que não. Que estavam iluminadas apenas no hemisfério sul, por isso o aspecto de que estavam quase cerradas. A conclusão dele, todavia foi muito mais bonita que minha explicação lógica...
Ele ainda procurando tirar as dúvidas:
- Mano quem fez tudo isso?
- Deus.
- Há muito tempo?
- Segundo a teoria do Big-Bang, há uns 13,7 bilhões de anos!
- Puxa... então ele é velho pra caramba!
- E ele é casado ou tem namorada como você?
- Não, Deus é único.
- Não existe nenhuma Deusa, que lhe faça carinho?
- Não, claro que não!
- Agora eu entendo por que existe furacão, terremoto... 
- Por quê?
- Já imaginou um cara velho “como o que”, sem mulher ou namorada que lhe faça um denguinho, deve de vez em quando acordar de pé esquerdo, e tome-lhe furação, terremoto, muriçoca...
- Muriçoca?!
- É. Existe nada mais chato que muriçoca? “A gente” querendo dormir, e ela aporrinhando...
- Mano, o céu tem fim?
- Não. Não tem fim nem começo. Por isso é chamado de Infinito!
- Como é que pode uma coisa não ter fim nem começo?
-Se tivesse começo e fim, não teria que estar dentro de outro, e este não estaria dentro de outro?...
- Huuuum... Entendi !Mas acho que sei por que o Universo, não tem começo nem fim!
- Não me diga que você descobriu o maior segredo do Universo. A pergunta que tem tirado o sono dos cientistas de todas as épocas?
- Foi por que, quando Deus desenhou o Universo, ele apagou as bordas...
A noite ”ia alta”, quando a mãe da moça a chamou para entrar.
Ao despedir-se, junto com os beijos, a última pergunta:
- Será que existe vida em outros planetas?
- Segundo o profeta que nos ensinou há mais de 2000 anos, “muitas são as moradas na casa de meu Pai”. Outro dia sonhei que naquela estrelinha vermelha...
- Não aponte não, que nasce verruga na ponta do dedo!
-Naquela estrelinha a 380 anos-luz sonhei que existe um planeta com vida e namorados como nós.Veja que “viagem”...

                                                                                                                Salvador, 03 de Agosto de 2012.
Sávio Drummond.           

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O BÊBADO E O EQUILIBRISTA


O alcoólatra sempre teve sua imagem associada à fraqueza.
Incapaz de controlar seu vício, o alcoólatra normalmente sucumbe à chamada Síndrome de Abstinência, quando tenta parar de beber.
Abstinência é definida como a renúncia voluntária ou não, à satisfação de um desejo ou necessidade, e quando a abstinência é de uma substância química, a sua supressão aguda acarreta um conjunto de alterações físicas e mentais, no dependente químico ou viciado, chamado de Síndrome de Abstinência.
Tive oportunidade de ver alguns casos.
Em uma formatura de Direito, um senhor, que trazia na face os estigmas do alcoólatra, afastou-se e procurou ficar fora do ambiente repleto.
Chamava à atenção a sudorese, sempre presente nesses casos. Fui até ele, identifiquei-me e procurei auxiliá-lo. Estava ofegante, com sudorese abundante e tremores.
Pra quem já passou por situação semelhante, ou teve familiares dependentes químicos, sabe como é cruel depender de qualquer substância.
É praticamente impossível largar o vício sem ajuda. Às vezes é necessária a internação hospitalar.
Mas a pior Síndrome de Abstinência é vista nos recém nascidos, filho de mulheres que usaram drogas ou bebidas alcoólicas, regularmente, na gravidez.
A substância passa pelo cordão umbilical, durante a vida intra-uterina para a criança, e ao nascer, por não contar mais com a substância, que “já faz parte” da composição do seu sangue, o recém nato, geralmente de baixo peso, desenvolve a síndrome, que consiste em irritabilidade, hipertonia muscular, choro insistente e até convulsões. 
Os trabalhos da Neurofarmacologista Jandira Mansur mostram que o alcoólatra é vítima do seu próprio cérebro e de fraco não tem nada. Na ligação entre os neurônios, chamada Sinapse, substâncias químicas denominadas Neurotransmissores (Acetilcolina, Dopamina, Adrenalina, Noradrenalina, Serotonina, etc...) são liberadas e, responsáveis pela transmissão do impulso elétrico entre as células do cérebro.A sensação de fome, sede, cansaço, paixão, excitação sexual, medo, etc,  são por elas reguladas.
Até mesmo o amor, foi reduzido à simples transmissão elétrica... 
No cérebro do alcoólatra, essas substâncias existem em proporções diferentes da população tida como normal.Dez por cento da humanidade tem “cérebros propensos” à dependência química. Os outros são na verdade “equilibristas”, que andam sobre a “corda bamba “da normalidade.
E o que é normal ou não? Certo ou errado? O que é certo para uns é errado para outros.
Nas sociedades islâmicas o certo é ter quatro esposas. Na nossa seria poligamia.
O trabalho feminino em determinadas culturas é proibido, e considerado infidelidade, pois a esposa só pode trabalhar em casa e para o esposo.
Em determinadas culturas islâmicas as mulheres cobrem-se da “cabeça aos pés”, pois só os maridos podem lhes ver o corpo. Os cabelos são considerados “instrumentos de sedução” e as islâmicas sempre os escondem com véus.
O que é bom para determinada pessoa em certo momento de sua vida, é para essa mesma pessoa, prejudicial em momento diferente.
Engatinhar foi necessário ao homem. Graças a ele a lordose lombar e cervical, (curvaturas da coluna) foram formadas, e o andar foi atingido em fase posterior. Para um adulto, engatinhar além de ridículo causará artroses diversas e hérnias de disco.
Não seriam, os ditos normais, também dependentes?
Não dependem muitos deles, do dinheiro, sucesso, trabalho, sexo, fama, poder?
Por isso, quando vires um bêbado, não o tenha “na conta” de um vagabundo e fraco.
Ele é vitima do seu próprio cérebro e do nosso preconceito. Quanto a você... Não vá cair da corda!

Salvador, 12 de Julho de 2012
Sávio Drummond.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O IMPONDERÁVEL DA SILVA


Se não me falha a memória (na minha idade tudo falha), foi uma expressão criada pelo saudoso comentarista esportivo João Saldanha.
Termos como Geraldinos (Torcedores da Geral), Arquibaldos (Torcedores da Arquibancada), Testemunhas para um jogo com poucos espectadores (o jogo não tem expectadores, tem testemunhas), também foram criados por ele.Feras do Saldanha e outras “pérolas” também foram criações suas.
Em plena Ditadura Militar, quando perguntado se escalaria Dario (do Atlético Mineiro), como gostaria o Presidente General Médici, respondeu: 
-“Eu não escalo o Ministério dele, portanto não aceito que ele escale meu time”.
Foi demitido e colocaram Zagalo, que convocou Dario imediatamente. 
O Futebol com seus resultados frequentemente inesperados, a tão antiga e usada “caixinha de surpresa” (O que será isso? Você já conheceu alguma?), é uma verdadeira fábrica de superstições, o que levou o próprio João Saldanha a dizer; “ Se mandinga valesse, campeonato baiano terminaria empatado”! O “Imponderável da Silva” acompanha-me desde cedo.
Aos 12 anos estava deitado procurando dormir, quando “alguém” sentou-se às minhas costas. O barulho das molas do colchão, o peso de quem se sentou fez o meu corpo inclinar-se para seu lado. Devia ser meu irmão que gostava de me dar sustos. Virei-me rapidamente por baixo do corpo, para surpreendê-lo e lhe dar o susto que achava que ele queria me pregar.Para surpresa minha não tinha ninguém!
Aos 14 anos, fiz com um cano de ferro uma “garrucha”. Amassei uma das extremidades e curvei-a como o cabo de uma arma. Coloquei pólvora de 5 bombas médias,de São João, e fiz o que não deveria ter feito: Soquei-a. 
Coloquei a “cabeça” de um fósforo em um orifício que fiz com uma furadeira e risquei-o, apontando para a parede do prédio vizinho.Inexplicavelmente  a chama tremulou e apagou como se alguém soprasse, embora não sentisse vento algum.Tão confiante estava, que repeti o procedimento.Alguém então gritou em meu ouvido:- Corra!
Coloquei a “garrucha” sobre o peitoril e movido por um “terror” que de mim se apoderou, fugi, pulando a cama de meu irmão, e quando pulava a minha o artefato detonou.
Um pedaço ficou sobre a janela, outro arrancou um pedaço do reboco do teto, outro da parede vizinha e outro me acertou as costas enquanto fugia.Tenho a cicatriz até hoje. 
Meu “anjo da guarda” poupou-me a mão.Quando tinha dez anos de formado, silenciosamente orgulhava-me de nunca ter “perdido” um doente com Edema Agudo de Pulmão.Em doze anos, dez de formado, mais dois de atendimento em Postos de Emergências como interno e nenhum doente dessa fatal situação morrera em “minhas mãos”.
Até o dia que contei a um colega sobre o fato.Nesta semana dois doentes que atendi, morreram de Edema Agudo.
Foi como se Deus me dissesse: “Não morreu porque eu não quis! Mais humildade filho, mais humildade”!                                                                                             



Salvador, 09 de Novembro de 2012.
Sávio Drummond.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

O SONHO ACABOU


 A jovem com vestido de baile branco, desceu as escadarias do Hotel da Bahia, glamorosamente como uma atriz de Hollywood. Dezenas de “flashes” espocaram de grandes máquinas fotográficas. Algumas, o fotógrafo tinha que rapidamente trocar a lâmpada, pois era uma foto, uma lâmpada.
Era um baile de Debutantes e a 1ª valsa era dançada com o pai, “metido” em impecável Smoking, até que um audacioso adolescente, corado de vergonha e rosto cheio de espinhas, a tirava dos braços do pai para dar continuidade a valsa. Era o candidato a ser seu 1º namorado. Na verdade já vinham namorando escondido há muito tempo!
No outro dia, o Jornal da Bahia, o Diário de Notícias e A Tarde publicariam as fotos em preto e branco, ansiosamente aguardadas pelos familiares e pela sociedade baiana.
Sílvio Lamenha registraria em sua coluna Social; ”Ontem foram apresentadas à Sociedade Baiana as Debutantes fulana, fulana, fulana..... que usava um vestido em seda branca, todo trabalhado em lantejoulas, obra do estilista Chiquinho Ramos.O evento foi abrilhantado pela orquestra do Maestro Carlos Lacerda, orgulho das plagas nativas. No mais, poesia é o axial”!Depois da valsa, todos “caíam” no Rock and Roll dos Beatles, Elvis Presley e a “Turma da Jovem Guarda”.
As festas populares eram realmente populares.
A procissão de Nosso Senhor dos Navegantes, em 1º de Janeiro, para muitos era a oportunidade de levar presentes a Iemanjá, rainha das águas.
A Lavagem do Bonfim, na 1º Quinta-Feira do ano, cujo cortejo com os burros enfeitados saiam da Igreja da Conceição para ir lavar as escadarias da igreja com Água de Cheiro, as baianas vestidas à caráter, lavar a cabeça dos devotos, lavando-os também dos pecados.
É o sincretismo religioso, onde Senhor do Bonfim, vira Oxalá, Nossa Senhora das Candeias, Oxum, Nossa Senhora da Conceição, Iemanjá, Santa Barbara, Iansã e São Jorge, o guerreiro Oxossi.
A festa passou a ser explorada por políticos, barraqueiros e donos de Trios Elétricos.
Mas a pior deterioração foi feita com o carnaval baiano, maior festa de participação popular do mundo.
Uma festa do povo, com seus blocos e abadás, que desfilavam pela Avenida Sete, onde apenas uma corda presa nos postes separava o “povo “ que o assistia dos passeios, e cujos moradores da área do desfile colocavam cadeiras no passeio para assistirem ao desfile, e lá “dormiam” pois nenhuma era roubada.
Com o crescimento da cidade, o carnaval foi dividido em Circuitos, geralmente defronte dos grandes hotéis da orla.O carnaval que era realizado no centro tornou-se o circuito menos importante.
Esse carnaval industrializado, só dá lucro aos donos de trios Elétricos, e algumas bandas da chamada Axé Music.
O gasto com as lesões físicas, internamentos, cirurgias e mortes dos valentões que embriagados brigam e se matam durante a festa, acidentes de transito com motoristas alcoolizados, quadrilhas de marginais assaltando os foliões, principalmente os turistas, as D.S.T.s  e gravidezes indesejáveis, que faz do Brasil o campeão mundial de abortos, dá mais prejuízo que lucro ao governo.
Como disse John Lennon: “O sonho acabou”! 

Salvador, 10 de Novembro de 2012.
Sávio Drummond.